
A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo lançou, em dezembro, o manual Um Olhar para as Altas Habilidades, que será distribuído aos professores da rede pública de ensino a partir de janeiro de 2009. A publicação ensina os docentes a identificar, em sala de aula, um aluno superdotado, com altas habilidades em alguma área, e fala sobre o que fazer para que seu talento seja desenvolvido. A organizadora, Christina Cupertino, psícóloga, enumera as principais características desses alunos, dá dicas de que tipo de comportamento é preciso observar e conta a experiência de outros professores que conseguiram fazer essas crianças e adolescentes desenvolverem suas habilidades.
O trabalho começou há um ano e meio, quando a Secretaria formou 270 docentes capazes de identificar tais alunos. Desde então, por meio do programa "Caça-Talentos", o número de alunos superdotados matriculados nas escolas públicas paulistas pulou de 97 para 397. Isso não quer dizer que o número de gênios está aumentando, mas que eles estão sendo identificados pelos professores. "Superdotado não é aquele estudante que tem facilidade de memorizar fórmulas e decorar datas, como a maioria pensa", afirma Maria Elisabete da Costa, diretora do Centro de Apoio Pedagógico Especializado (Cape), órgão da Secretaria responsável pela capacitação dos professores. "Ele é aquele que combina sensibilidade, criatividade e capacidade de criar e propor soluções novas para problemas na sala de aula".
Crianças superdotadas têm: | |
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Crianças que não são identificadas precocemente mostram-se: | |
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Algumas crianças podem ser precoces e parecer ter altas habilidades até os oito ou noves anos - quando acabam por se igualar aos colegas de sua faixa etária. Se esses talentos persistirem depois dessa idade, é muito provável que se trate de um superdotado. Por isso, alguns cuidados na identificação podem evitar confusões.
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Fonte: Um Olhar para as Altas Habilidades - Construindo Caminhos, da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo
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