O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou novas medidas de incentivo fiscal para a indústria automobilística. As isenções estão associadas a produtos ambientalmente corretos, que poluem menos ou são mais econômicos, como aconteceu com os eletrodomésticos em outubro.
Foi mantida a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros flex (bicombustíveis, que usam gasolina ou álcool) até 1.000 cilindradas no patamar em que se encontra hoje. O tributo hoje está em 3% e permanece assim por mais quatro meses, até 31 de março. Pelo que estava previsto, o imposto voltaria gradativamente, em janeiro, ao nível de 7%. Agora, com a prorrogação, esse nível normal de 7% só será adotado depois de 31 de março (veja tabela acima).
Os carros a gasolina até 1.000 cilindradas continuam na volta progressiva, como estava programado. O imposto volta a 7% em janeiro.
Carros de até 2.000 cilindradas seguem a mesma regra. Os modelos flex estão hoje com 7,5%. Permanecem até 31de março com esse índice. Depois voltam ao normal, de 11%. Os carros a gasolina voltam ao patamar de 13% já em janeiro.
Para caminhões, o governo está estimulando a compra de veículos novos. Foi prorrogada a redução de tributos para junho do ano que vem, permanecendo com alíquotas zeradas.
"Vamos combinar redução de tributos com questão ambiental, como no caso da linha branca", disse Mantega.
A desoneração estendida deverá custar aos cofres públicos R$ 1,3 bilhão.
Novas tecnologias
Mantega disse que o governo criou um grupo de trabalho para tratar com fabricantes, de modo que tragam ao Brasil novos projetos de carros preocupados com meio ambiente.
A ideia é usar energias renováveis e aperfeiçoar os motores flex, reduzindo suas emissões, estimulando a implantação de carros mais modernos. Seriam carros híbridos, que usem energia renovável e elétrica.
O governo já havia anunciado ao longo do ano três medidas para estimular o setor de carros. A primeira foi a redução de IPI anunciada em dezembro de 2008 e que estava prevista para durar três meses, até março. Em março, decidiu prorrogar o incentivo por mais três meses. O governo pediu como contrapartida que não houvesse demissões nas montadoras.
Depois, em junho, houve nova prorrogação, também com a condição de preservação de empregos dos metalúrgicos. O IPI para carros ficou diminuído por mais três meses, até setembro. Os impostos vinham aumentando gradualmente desde outubro e voltariam ao nível normal em janeiro.
Todas essas medidas foram adotadas pelo governo para tentar aquecer a economia e enfrentar a crise global.
Comentários
http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2009/11/24/governo-prorroga-reducao-de-ipi-para-carros-verdes-ate-marco.jhtm
flws!