A PARTIR DE SEGUNDA-FEIRA (1º/3) Cidades da Grande Goiânia vão manter apenas serviços essenciais por 7 dias Decretos foram divulgados neste sábado
Goiânia - A partir de segunda-feira (1º/3), apenas atividades consideradas essenciais poderão funcionar em Goiânia e nas cidades da região metropolitana. De acordo com anúncio oficial feito na tarde deste sábado (27/2) pelos prefeitos da capital, Rogério Cruz, de Aparecida, Gustavo Mendanha, e pelo governador Ronaldo Caiado, a medida vale inicialmente por sete dias, mas o prazo pode ser prorrogado. O foco é conter o avanço da covid-19 e desafogar os hospitais que atendem casos da doença. Conforme foi anunciado, as medidas só devem ser flexibilizadas quando a taxa de ocupação dos hospitais, que ultrapassa atualmente 90%, permanecer abaixo de 70% por pelo menos cinco dias.

Marcelo Baiocchi (Foto: divulgação)

Rubens Fileti (Foto: divulgação)

Sandro Mabel (Foto: divulgação)
Integram a relação de serviços considerados essenciais e que poderão manter as atividades: farmácias, supermercados, postos de combustíveis, distribuidoras de gás, indústrias de insumos considerados essenciais e borracharias. A lista completa de atividades liberadas e as regras a serem seguidas vão constar nos decretos que devem ser divulgadas ainda neste sábado pelas prefeituras.
As restrições valem para a capital e outras 19 cidades da região metropolitana: Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Goianápolis, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade. A prefeitura de Senador Canedo chegou a informar, durante a manhã, que não seguiria a medida, mas recuou.
"Estamos pagando a conta do carnaval"
Durante entrevista coletiva, o governador Ronaldo Caiado afirmou que o aumento dos casos da covid-19 é resultado, entre outras coisas, da aglomeração do carnaval. Não concedemos feriado, mas não conseguimos sensibilizar as pessoas. E a conta veio rápido. Estamos atuando em parceria com os prefeitos, todos unidos, para não deixar faltar leito a nenhum cidadão que precise de atendimento médico.
"O pedido que eu faço: que atendam os decretos que estão sendo assinados hoje pelos prefeitos da região metropolitana. Tudo isso respaldado pelo governo do Estado", completou Caiado.
Também em entrevista coletiva, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, fez um agradecimento ao setor produtivo, que apoiou a decisão de endurecer as regras na capital e também em outras cidades. Também voltou a destacar que a abertura de novos leitos não é suficiente para combater a propagação do vírus.
"Quero agradecer a todos do setor produtivo, que concordando com as deciões de cada um dos prefeitos e também do governador. Essa aceitação nos faz entender que estamos no caminnho certo", afirmou. "Não adianta aumentar leitos. É bom lembrar que a cada dez pessoas que chegam à UTI [com covid-19], cinco perdem a vida (...) Contamos com o apoio da população para que possam fortalecer nosso pedido", acrescentou ao destacar o endurecimento das medidas.
Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia, se disse assustado com o atual cenário. "Desconfortável ter que tomar essa decisão [novas restrições], mas pelo momento crítico que vivemos, nos reunimos aqui pra dar uma paralisação nesse crescimento de pessoas contaminadas e que estão precisando de UTI. "Do jeito que as coisas estão, pode ser que não tenhamos mais UTI em Aparecida até segunda-feira", acrescentou o prefeito ao citar que a taxa de ocupação na cidade ultrapassa a casa dos 90%.
As restrições valem para a capital e outras 19 cidades da região metropolitana: Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Goianápolis, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade. A prefeitura de Senador Canedo chegou a informar, durante a manhã, que não seguiria a medida, mas recuou.
"Estamos pagando a conta do carnaval"
Durante entrevista coletiva, o governador Ronaldo Caiado afirmou que o aumento dos casos da covid-19 é resultado, entre outras coisas, da aglomeração do carnaval. Não concedemos feriado, mas não conseguimos sensibilizar as pessoas. E a conta veio rápido. Estamos atuando em parceria com os prefeitos, todos unidos, para não deixar faltar leito a nenhum cidadão que precise de atendimento médico.
"O pedido que eu faço: que atendam os decretos que estão sendo assinados hoje pelos prefeitos da região metropolitana. Tudo isso respaldado pelo governo do Estado", completou Caiado.
Também em entrevista coletiva, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, fez um agradecimento ao setor produtivo, que apoiou a decisão de endurecer as regras na capital e também em outras cidades. Também voltou a destacar que a abertura de novos leitos não é suficiente para combater a propagação do vírus.
"Quero agradecer a todos do setor produtivo, que concordando com as deciões de cada um dos prefeitos e também do governador. Essa aceitação nos faz entender que estamos no caminnho certo", afirmou. "Não adianta aumentar leitos. É bom lembrar que a cada dez pessoas que chegam à UTI [com covid-19], cinco perdem a vida (...) Contamos com o apoio da população para que possam fortalecer nosso pedido", acrescentou ao destacar o endurecimento das medidas.
Gustavo Mendanha, prefeito de Aparecida de Goiânia, se disse assustado com o atual cenário. "Desconfortável ter que tomar essa decisão [novas restrições], mas pelo momento crítico que vivemos, nos reunimos aqui pra dar uma paralisação nesse crescimento de pessoas contaminadas e que estão precisando de UTI. "Do jeito que as coisas estão, pode ser que não tenhamos mais UTI em Aparecida até segunda-feira", acrescentou o prefeito ao citar que a taxa de ocupação na cidade ultrapassa a casa dos 90%.
Apoio
Representantes do setor produtivo apoiam a decisão. De acordo com o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi, houve o entendimento da necessidade de agir dessa forma nesse momento, principalmente em razão da ocupação dos leitos de UTI para casos de covid-19. "Fica aqui o meu apelo para que as pessoas mantenham o distanciamento, usem máscara, álcool, porque, se não fizemos isso, o vírus vai, cada vez mais, nos trazer mais dificuldades", afirmou.

Marcelo Baiocchi (Foto: divulgação)
O presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), Rubens Fileti, também se manifestou a favor do fechamento das atividades consideradas não essenciais por entender, conforme pontuou, que passamos por um momento crítico da pandemia. "Infelizmente essas medidas são necessárias. A rede hospitalar colapsou. Os números apresentados são terríveis e temos um índice de infecção muito alto", destacou.

Rubens Fileti (Foto: divulgação)
A Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) divulgou nota de posicionamento afirmando que apoia a decisão de fechar estabelecimentos comerciais e reduzir a circulação de pessoas por sete dias com o intuito de combater o alto número de casos de doença.

Sandro Mabel (Foto: divulgação)
De acordo com a nota assinada pelo presidente da Federação, Sandro Mabel, as indústrias consideradas serviços essenciais estão sendo orientadas a providenciar transporte seguro a seus colaboradores, assim como a fornecer kits com máscaras, álcool em gel e demais elementos de proteção individual para os trabalhadores. "Os setores administrativos devem atuar, sempre que possível, no modelo home-office e reforçar os protocolos de segurança, como aferição de temperatura, revezamento de horários de entrada, saída e das refeições, que já estavam sendo adotados."
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