Mesmo após indicação, Bolsonaro nega interferência na Petrobras

 

Presidente criticou atual gestão da estatal e afirmou que preço da gasolina poderia ser até 15% menor com fiscalização adequada


Mesmo após indicar o general Joaquim Silva e Luna para a presidência da Petrobras no lugar de Roberto Castello Branco, depois de fazer reclamações públicas contra o aumento do preço dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse na tarde deste sábado (20) que não realizou nenhum tipo de interferência na empresa.

Ele falou a eleitores, por meio das redes sociais de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (sem partido), depois de evento militar realizado em Campinas (SP).

"Não houve qualquer interferência na Petrobras, tanto é que continua esse reajuste de 15% [dos combustíveis, anunciada pela Petrobras na quinta-feira]. Você que diga se é [um reajuste] abusivo ou não. E espero que até o dia 20, quando vai de vez sair esse atual presidente, ele não vai querer mais dar um percentual de reajuste no diesel e na gasolina", disse.

Em seguida, o presidente voltou a citar os impostos estaduais nos combustíveis e a falta de transparência sobre os preços dos combustíveis: "quando vem a nota fiscal você não sabe quanto é de imposto federal, quanto é de estadual. Quanto é a margem de lucro dos postos e quanto se paga de distribuição. Você não sabe nada, é uma caixa preta".   

Ele ainda opinou que o preço da gasolina poderia ser, no mínimo, 15% mais barato, caso os órgãos de fiscalização funcionassem adequadamente. "Temos Petrobras, Ministério de Minas e Energia, Receita Federal, que tem ver Nota Fiscal e não vê", completou, citando os órgãos. 

Por fim, Bolsonaro dá recados à imprensa, voltando a negar interferência federal e criticando o atual presidente e a diretoria da Petrobras por trabalharem remotamente em meio à pandemia da covid-19. "Não dá para governar, estar à frente de uma estatal dessa forma. Coisas erradas acontecem", avaliou.

fonte: r7



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